Estudantes protestam contra cortes na educação e intervenção na escolha de reitores

18 de setembro de 2020

Diversas entidades do movimento estudantil realizaram, nessa quinta-feira (17), protestos por todo o país para marcar o dia de luta contra os cortes e intervenções do governo Bolsonaro na Educação. As manifestações reuniram poucos representantes devido em respeito às medidas de segurança sanitária e de não aglomeração.

Estudantes protestam na UFRJ. Foto: Fenet

No Rio de Janeiro, um ato simbólico ocorreu na Ponte do Saber, no campus da Ilha do Fundão da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Na Federal do Pará (UFPA), um grupo de estudantes se reuniu em frente à reitoria com cartazes e faixas contra os cortes no orçamento da Educação e intervenções nas universidades e institutos federais.
No Rio Grande do Norte, estudantes também foram às ruas em protesto contra os cortes no orçamento da Educação e contra a intervenção no Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) e na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa).

Estudantes foram às ruas em Natal (RN). Foto: Fenet.

No IFRN, o presidente Jair Bolsonaro desrespeitou o processo de escolha interna e nomeou como reitor pró tempore, em abril desse ano, Josué Moreira, que sequer participou do processo eleitoral. Já na Ufersa, também atropelando o processo de escolha da comunidade acadêmica, Bolsonaro nomeou como reitora a terceira colocada no pleito interno.

Ato na UFPA. Foto: Adufpa SSind.

Ato no MEC
Em Brasília, os representantes de diversas entidades do movimento estudantil realizaram um ato em frente ao Ministério da Educação (MEC). Os estudantes fizeram falas e levantaram cartazes contra os cortes previstos para o orçamento da educação no Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) 2021 e a intervenção do governo federal na escolha de gestores das universidades e instutos federais. Também protocolaram no MEC o “Manifesto em Defesa da educação como direito público” construído em conjunto com dezenas de entidades e frentes parlamentares. Confira aqui.

Ato em frente ao MEC, na capital federal. Foto: Fenet

No final dessa quinta-feira ocorreu, ainda, o ato virtual “Orçamento Justo para a Educação em 2021”, organizado por entidades da educação, sociedade civil e frentes parlamentares.
Intervenções
Desde que assumiu o governo, Jair Bolsonaro já interferiu, além da Ufersa e IFRN, na escolha de dirigentes de outras 14 instituições federais de ensino – universidades e institutos e Cefet.
Nessa semana, ele nomeou como reitores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), dois nomes que ficaram em terceiro na lista tríplice apresentada após consulta interna às comunidades acadêmicas das universidades. Somam-se a essa lista outras instituições como Cefet RJ, Unirio, UFC, IFSC, UFRB, UFVJM, UFTM e Ufes
Na UFGD, UFFS, Univasf e Unilab, o presidente indicou nomes que não constavam da lista tríplice e nem participaram do processo de escolha interno às universidades.

  • com informações da Fenet, Une, Coletivo Juntos e Sul 21.
    Fonte: ANDES-SN – Atualizado em 17 de Setembro de 2020 às 18h51
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