Manifesto – EM DEFESA DA UNIVERSIDADE PÚBLICA, GRATUITA, COM ELEVADO PADRÃO DE QUALIDADE E SOCIALMENTE REFERENCIADA: DIREITO DE TODOS E PATRIMÔNIO DO POVO BRASILEIRO

3 de dezembro de 2018

Dia 4 de dezembro do corrente ano,  em todo país, realizam-se manifestações em defesa da Universidade Pública contra sucessivos ataques do Presidente eleito.

O novo  governo reitera ameaças feitas no curso da campanha eleitoral, entre as quais a privatização das instituições de ensino superior, drásticos cortes de verbas para a educação, desmonte da carreira docente, fim da estabilidade de servidores públicos, nomeação de dirigentes à revelia da comunidade universitária, extinção de programas de acesso e de manutenção de estudantes, mutilação de currículos, restrições à atividade pedagógica, entre outras medidas que atentam contra a autonomia da universidade e  conquistas acadêmicas. O futuro Ministro da Educação, Sr Velez , colombiano, naturalizado brasileiro, imposto por bancada parlamentar confessional,  para ser fiador de seus  propósitos contrapostos a preceitos educacionais inscritos na Constituição Federal.  O futuro Ministro, entre outras sandices, declara apoio à lei da mordaça, à vigilância de professores, à supressão da educação sexual de jovens pelo estudo de biologia, à comemoração do golpe empresarial-militar de 1964 e a banir Paulo Freire das escolas.

As universidades públicas e os institutos tecnológicos são os maiores patrimônios educacionais, culturais e financeiros da Paraíba, estado que padece privações seculares provocadas por políticas econômicas concentradoras de riquezas e de aumento de desigualdades sociais. A educação pública, em todos os níveis, não elimina estas assimetrias, mas contribui significativamente para reduzir desigualdades. Programas sociais e educacionais, realizados nestas instituições públicas de ensino superior, tiveram impacto positivo na melhoria de vida de amplas parcelas da população paraibana. Propiciaram a filhos de famílias de baixa renda, de camadas sociais vulneráveis, discriminadas por ações excludentes de oligarquias locais, o acesso gratuito ao ensino superior e a novas oportunidades de vida graças à inserção no mercado de trabalho.

A expansão e a interiorização de universidades públicas e institutos tecnológicos permitiram que muitas famílias de baixa renda transpusessem muros, até então insuperáveis, do ensino superior. Hoje, a UFCG, instalada em Campina Grande, Sumé, Cuité, Patos, Pombal, Sousa e Cajazeiras, oferece 71 cursos, diurnos e noturnos, atende cerca de 18.000 alunos, dos quais 2.200 em programas de pós-graduação, forma, em média, 2.400 estudantes por ano provenientes de vários estados da região nordeste e inúmeros municípios paraibanos.

Neste dia 4 de dezembro, professores, servidores técnico administrativos e estudantes conclamam a sociedade civil paraibana a defender, resolutamente, a UNIVERSIDADE PÚBLICA, GRATUITA, COM ELEVADO PADRÃO DE QUALIDADE E SOCIALMENTE REFERENCIADA, DIREITO DE TODOS, PATRIMÔNIO DO POVO BRASILEIRO.

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