A Reitoria da UFCG participou da Audiência Pública promovida pela ADUFCG, ADUC e ADUFCG-Patos para discutir a situação orçamentária da UFCG e as condições de trabalho na universidade com o retorno as atividades presenciais e confirmou a atual crise orçamentária que deixa indefinida a garantia do funcionamento da instituição até o final do ano e projeta um cenário de indefinições para 2023.
O reitor Antônio Fernandes foi questionado várias vezes durante a audiência desta terça-feira (13/07) se a UFCG terá recursos de custeio para manter um funcionamento com seus serviços básicos, diante da utilização de 98% desta verba para o pagamento de pessoal terceirizado, e apenas disse acreditar que isso ocorrerá sem explicar com transparência de onde virão os recursos necessários.
Sobre o orçamento da UFCG para 2023, o cenário de indefinição é ainda maior porque não existem, segundo o reitor, garantias de recomposição orçamentária mesmo diante da pressão dos reitores das universidades federais agregados na ANDIFES.
Seguindo o que prevê a Emenda Constitucional – 95 (Teto dos Gastos) o orçamento do próximo ano deverá ser ainda menor que o atual. Entre 2019 e 2021, com essa imposição e com os cortes orçamentários, a UFCG perdeu R$ 70 milhões e teve os recursos para investimentos reduzidos de R$ 34,5 milhões para apenas R$ 5 milhões.
Condições de trabalho
Na segunda parte da Audiência Pública foram debatidas as condições de trabalho no retorno presencial das atividades acadêmicas e foi denunciado à Reitoria que a UFCG não tem cumprido protocolos de segurança, não disponibiliza máscaras, álcool em gel em quantidade suficiente e não segue as regras de distanciamento.
A Reitoria afirma que tem distribuído material de proteção para os centros onde as atividades acadêmicas são de maior risco de contágio e revelou que está propondo a Colegiado Pleno a substituição da recomendação pela obrigatoriedade do uso de máscara em todos os ambientes da UFCG.
Assista e compartilhe vídeo da audiência pública:
Estudantes
Durante a audiência o DCE-UFCG apresentou vários questionamentos sobre a condições oferecidas pela universidade para a assistência e a permanência estudantil. A Entre elas a quantidade insuficiente de bolsas, o não funcionamento do restaurante universitário e os graves problemas estruturais nas residências de Cajazeiras e Patos
Audiências
No final da audiência a ADUFCG, ADUC e ADUFCG-Patos e participantes do evento propuseram a realização de novas audiências em todos os campi da instituição, com um evento de avaliação ao final em Campina Grande. A Reitoria se comprometeu a participar da iniciativa.
Fonte: ADUFCG – 13/07/2022
