O 4° Congresso da CSP-Conlutas teve a cara do povo. A Comissão de Organização ressaltou que o evento encerrou-se vitorioso, com a participação de quase 2.300 pessoas, durante quatro dias. Foram 1.591 delegados, 234 observadores, 59 convidados, 61 da delegação internacional, 286 pessoas da equipe de imprensa, apoio e expositores, mais 53 crianças na creche.
O membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Paulo Barela destacou a importância da participação das mais de 2 mil pessoas em um evento feito “com a cara do povo pobre, negro, das periferias, quilombos e aldeias indígenas”, num momento em que essa parcela da sociedade é a mais atacada. “ Diante de um governo de ultradireita, que prejudica os trabalhadores, o meio ambiente, mata povos indígenas e ataca as liberdades democráticas dos trabalhadores”, ressaltou Barela.
“Saímos daqui preparados, com muita garra e disposição de luta, para organizar os trabalhadores da cidade e do campo, o povo pobre, setores oprimidos, juventude, todos e todas, para enfrentar os ataques de Bolsonaro e defender nossos direitos”, afirmou.
Votações
Foto: Tácito Chimato
A plenária final do 4° Congresso neste domingo (6) encerrou com importantes votações pelos delegados e delegadas presentes. No ponto Estatuto, foi aprovado um adendo que orienta que as entidades e movimentos filiados levem para suas bases a discussão para atualizar e adequar o Estatuto da Central e preparar o debate em futuro congresso.
Por último, os delegados e delegadas aprovaram uma resolução que amplia a política da paridade de gênero.
A proposta foi um consenso e construída coletivamente pelos movimentos e coletivos de mulheres da Central, que destacaram nas intervenções a importância do recorte classista na discussão da luta das mulheres. Destacaram ainda a necessidade de garantir esse debate internamente na central e em todos os sindicatos e movimentos, e a participação das mulheres nas instâncias de direção.
O texto estabelece: “Ampliar a política da paridade de gênero para as Secretarias Executivas Estaduais. Nos Estados onde não for possível implementar imediatamente a paridade, deverá ser garantido o percentual máximo possível de mulheres na composição das chapas e na direção”.
Moções e setoriais
As propostas dos grupos setoriais de Negros e Negras, Correios, LGBT, Movimento Popular Urbano, Imigrantes, Comerciários, do Campo, Educação, Funcionalismo, Operário, Saúde do Trabalhador, Transporte, Petroleiros e Mulheres foram apresentadas ao plenário e serão votadas na próxima reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas a ser realizada em breve.
A plenária também aprovou 11 moções internacionais e 30 nacionais de apoio às lutas, greves, repúdio à perseguições, entre vários temas.
Após o acúmulo dos debates feitos nesses quatro dias de Congresso todos e todas voltam para as suas bases com a tarefa imediata de construir as lutas para derrotar o governo Bolsonaro/Mourão e seus projetos ultraliberais de ultradireita e ultraconservadores.
Fonte: CSP-CONLUTAS –
07/10/2019