A nova versão do Programa Future-se do Governo Federal foi rejeitada por unanimidade pela assembleia geral da ADUFCG, realizada hoje pela manhã. Os professores avaliaram que a nova versão do documento mantém os objetivos de desresponsabilizar o Estado em relação ao financiamento do universidades públicas, minar a autonomia universitária e acentuar a precarização e a privatização. A assembleia também aprovou a realização, em novembro, de uma semana de luta em defesa da educação pública e da carreira docente.
A assembleia teve como pauta informes, análise de conjuntura, nova versão do programa Future-$e, Progressões e promoções e encaminhamentos. No ponto de análise de conjuntura, uma das polêmicas foram as deliberações do 4º Congresso Nacional da CSP-CONLUTAS, central sindical a que o ANDES-SN é filiado. Os delegados da ADUFCG no encontro, Amauri Fragoso e Gonzalo Rojas, apresentaram informes e suas avaliações.
No ponto de pauta da nova versão do Future-se a diretoria apresentou uma avaliação comparativa entre a primeira e a segunda proposta e ressaltou que a nova versão em nada altera a essência e a lógica que predominam no projeto, que tem claros objetivos de desresponsabilizar o Estado com relação ao financiamento das IES, minar a autonomia universitária, acentuar a precarização e a privatização.
PROGRESSÕES
Na discussão sobre progressões e promoções docentes, a diretoria da ADUFCG informou aos filiados que a entidade entrou na justiça com uma ação contra a UFCG e o Governo Federal, por restringirem o acesso dos professores a vários direitos, gerando prejuízos no crescimento na carreira e danos materiais.
Também nesse ponto de pauta, a diretoria informou que a Câmara de Gestão da UFCG já aprovou até o artigo 14º a nova proposta de resolução de progressão e promoção da UFCG. Entre as mudanças está uma pontuação diferenciada para os níveis da carreira, tanto para progressão como promoção.
ENCAMINHAMENTOS
Entre os encaminhamentos foi aprovado que a diretoria da ADUFCG, em conjunto com a Comissão de Mobilização construirá uma semana de Luta, a ser realizada em novembro, para mobilizar e discutir com a categoria a defesa da educação pública e da carreira docente, com o combate à precarização do trabalho e a privatização da universidade.
Outro encaminhamento foi intensificação da participação da ADUFCG nas reuniões das unidades acadêmicas, câmaras e colegiados superiores para pressionar a Reitoria a promover uma discussão conjunta, ampla, coletiva e democrática sobre o posicionamento da instituição em relação ao Future-se.
A assembleia também deliberou que a ADUFCG cobre das Câmaras e do Colegiado Pleno a realização da escolha democrática dos seus integrantes, já que hoje muitos conselheiros participam na condição de pró-tempore.
MOÇÕES
Duas moções foram aprovadas pela assembleia. A primeira foi uma moção de solidariedade com à luta dos trabalhadores, jovens e mulheres chilenas contra o estado de emergência decretado pelo Governo e pelo fim da gestão do presidente Sebástian Piñera.
A segunda moção foi de repúdio à demissão do funcionário Sidney Alex da Silva, pertencente aos quadros da FUNCAMP, na Unicamp, como represália a sua participação, em nome dos terceirizados, na assembleia universitária do dia 15 de outubro, reivindicando a permanência de cerca de 330 trabalhadores ameaçados de demissão.
Fonte: ADUFCG