Denúncias de intervenção do Governo na UFCG, falta de condições de trabalho, insegurança sanitária no retorno presencial, ameaça de cobrança de mensalidades dos alunos, cortes de verbas das universidades, IFEs e CEFETs , além da cobrança pela abertura de negociação do Governo com os servidores públicos federais marcaram a Paralisação no Dia de Luta em Defesa dos Serviços Públicos e Contra as Privatizações na UFCG, o #OcupaUFCG.
Professore(a)s, estudantes e técnico(a)s -administrativos iniciaram a paralisação realizando uma panfletagem no portão principal da Universidade, a partir das 7h30. Em seguida, visitaram salas de aulas e laboratórios em diversos centros, dialogando com docentes e alunos que ainda realizavam atividades sobre a importância do protesto.
Enquanto isso, na entrada principal do campus sede, a ADUFCG montou uma estrutura com som e tenda e realizou aulas públicas e pronunciamentos das várias entidades, que se solidarizaram com os servidores da UFCG, como os funcionários da Prefeitura de Campina Grande e do IFPB, que estão em greve.
As atividades na parte da manhã foram encerradas com um protesto na entrada da Reitoria, onde além dos problemas resultantes dos cortes de verba, da falta de condições de trabalho e da insegurança sanitária, entidades que representam os segmentos da UFCG, estudantes, técnicos e docentes denunciaram a intervenção do Governo Bolsonaro na universidade, com a nomeação do reitor e do vice-reitores interventores.
Segundo o diretor da ADUFCG, Josevaldo Cunha, o objetivo do #OcupaUFCG foi de alertar a comunidade universitária dos ataques que o Governo Bolsonaro tem dirigido as universidades, IFEs e CEFETs. “Os ataques, infelizmente, estão tendo completa ressonância e acolhida dos dirigentes interventores da UFCG. Quando denunciamos os cortes de verbas, a falta de assistência para a permanência estudantil, o retorno presencial sem condições sanitárias e de trabalho garantidas pela universidade e pelo Governo Federal, estamos alertando a comunidade e a sociedade dos riscos que estão correndo, não apenas a continuidade da universidade pública, mas a saúde dos(as) professore(a)s, técnico(a)s e dos estudantes”.
Tarde
A programação da Paralisação prosseguiu no turno da tarde, com a realização de uma reunião do Grupo de Estudos e Pesquisa em Marxismo, no Bloco BC do Centro de Humanidades do Campus sede.
Brasília
A Paralisação dos docentes no #OcupaUFCG ocorreu em sintonia com a programação do Dia Nacional de Luta em Defesa dos Serviços Públicos e Contra as Privatizações, o Ocupa Brasília. A decisão foi deliberada na assembleia geral da ADUFCG no dia 09/06, que também decidiu pela manutenção do indicativo de greve sem data dos servidores públicos federais e a aprovação de indicativo de construção da greve da educação federal, sem data.
No #OcupaBrasilia a ADUFCG participou com a presença do diretor presidente, Antônio Lisboa, que esteve nos atos no Auditório Nereu Ramos e em frente ao Anexo II, na Câmara dos Deputados, como também na Marcha para o Ministério da Educação, na Esplanada dos Ministérios e no Ato Político e Cultural com o Maracatu Tambores do Amanhecer.
Fonte: ADUFCG -15/06/2022