A ADUFCG e os docentes da UFCG foram novamente vítimas de tentativa de cercear sua liberdade de expressão. O ataque ocorreu no final da tarde de sábado (31/08), quando pelo menos três homens arrancaram ou destruíram sete faixas do sindicato em vários portões da universidade. As faixas continham frases em defesa da universidade pública e gratuita e contra o corte de verbas para a educação e pela liberdade de cátedra.
O ataque foi informado oficialmente por um dos porteiros da UFCG, no livro de ocorrências do setor de segurança da universidade. O trabalhador que estava no portão principal relatou que três homens retiraram as faixas e se colocaram como “assessores do Governo”. Ele chamou a vigilância, o grupo se evadiu. No portão de entrada do Centro de Ciência e Tecnologia, uma faixa foi também arrancada e uma outra no Bloco BZ, outra foi danificada.
Informações que chegaram até a ADUFCG indicam que os homens estavam numa caminhonete Hilux, de cor prata, e que o veículo inicialmente estava estacionado próximo ao Centro de Extensão José Farias. O grupo teria saído do campus e depois retornado para arrancar as faixas, gritando o nome Bolsonaro.
A diretoria da ADUFCG divulgou uma nota em que classifica a ação como “um crime tipificado no código penal e um profundo ataque ao patrimônio da nossa entidade, que tem como papel a defesa da educação pública, gratuita, laica e de qualidade socialmente referenciada e dos direitos dos trabalhadore(a)s. Portanto, é um ataque a toda comunidade acadêmica!”.
A nota lembra também que “A defesa do sindicato é papel de todos(as) nós, especialmente diante de posturas fascistas e antidemocráticas, típicas dessa atmosfera de intolerância, desrespeito e ignorância que paira sobre nosso país. Reafirmamos o nosso compromisso em defesa dos interesses da comunidade da UFCG e das liberdades democráticas. Continuaremos na luta em defesa de uma sociedade mais justa, plural e democrática. Não nos calarão!!!”
Segundo ataque
Não é a primeira vez que isso ocorre. Fato semelhante foi registrado nos dias 9 e 12 de abril de 2019, nos dias que antecederam a visita do Ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, à UFCG e quando o governo federal anunciou os primeiros cortes de verbas para a educação.
Boletim de ocorrência
Diante do segundo ataque a liberdade de expressão da ADUFCG, a diretoria do sindicato registrou, no dia 02 de setembro, na Polícia Civil um boletim de ocorrência do fato e pedindo providências contra os atos praticados.
Fonte: ADUFCG – 04/09/2019