Mulheres participam da 16ª Marcha pela Vida e pela Agroecologia e denunciam os impactos negativos de projetos de energia na região da Borborema

13 de março de 2025


Milhares de Mulheres paraibanas participam hoje pela manhã (13/03), nas ruas de Esperança PB, da 16ª Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia. Este ano, a mobilização reuniu caravanas de 13 municípios e cerca de 150 associações comunitárias do Brejo e do agreste e denunciou os impactos negativos dos avanços de projetos de energia na região da Borborema.

Organizadores do evento ressaltaram que movimentos sindicais e de mulheres levam informações aos agricultores e agricultoras, mas que as empresas de energia chegam enganando as famílias com promessas que, ao assinarem os contratos, receberão muito dinheiro e recursos para viver, mas a realidade é que as famílias perdem o direito à seguridade da própria terra e ficam impedidas de produzir, criar e ampliar suas plantações.

Sindicatos e associações comunitárias da região da Borborema não se colocam contra a geração de energia renovável, mas reivindica um modelo energético que não devaste a natureza. A denúncia do problema ocorreu na forma de músicas entoadas pelos participantes, cartazes, faixas e apresentações teatrais durante a programação da Marcha.
A concentração da Marcha ocorreu na Praça da Cultura, no Centro de Esperança, onde ocorreu uma acolhida às caravanas, a partir das 8h, e foi instalada uma estrutura com tendas, palço e uma feira de produtos agroecológicos e artesanatos produzidos pelas agricultoras do Pólo da Borborema.

Por volta das 11h, a marcha tomou as principais ruas de Esperança, numa grande manifestação com carros de som, bandeiras, grandes paineis e muita animação das milhares de mulheres participantes.
No final da Marcha ocorreu um show da cirandeira Lia de Itamaracá, que há vários anos integra a programação do evento e animou as cerca de 5 mil mulheres participantes. A ADUFCG foi representada na manifestação pela diretora suplente, Luciana Leandro. A entidade também colaborou com o transporte disponibilizado para os participantes de Campina Grande.

Histórico
Em 2022, a Marcha pela Vidas das Mulheres e pela Agroecologia deu visibilidade aos primeiros casos de abusos cometidos pelas empresas de energia na Borborema. Em 2023, o ato cresceu e se fortaleceu denunciando os impactos já sentidos nas comunidades. Em 2024, a marcha saiu em defesa da “Caatinga Viva, floresta em pé”, que pautou pelo terceiro ano consecutivo a defesa do território diante da invasão das indústrias de energia.
Fonte: ADUFCG, com informações da AS-PTA – 13/03/2025

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