Na primeira reunião do colegiado Pleno da UFCG depois da intervenção do Governo Bolsonaro na instituição, no dia 20 de abril, a participação da Associação do Docentes da UFCG -ADUFCG foi uma cobrança pelo fim do ataque a autonomia da universidade, por eleição de conselheiros em substituição aos pró-tempore e mudanças na composição da CPPD.
No início da reunião o presidente do sindicato, José Irelanio Ataíde, reivindicou a retomada do pleno funcionamento do Comitê de Gestão de Crise da covid-19, com a participação de todos os segmentos e suas entidades. As seções sindicais ADUC e ADUFCG-Patos ainda não participam.
Em seguida, José Irelanio cobrou o fim da intervenção do Governo Bolsonaro na UFCG, com a nomeação do reitor e vice-reitor derrotados, ressaltando que situação semelhante já atinge outras 23 universidades e institutos federais de educação. Ele lembrou que o ANDES-SN, do qual a ADUFCG é uma seção sindical, há muitos anos defende que os processos de escolha dos dirigentes ocorram e terminem no âmbito das instituições.
Democracia
Outra reivindicação apresentada pelo presidente da ADUFCG foi a imediata realização de eleições para substituir os integrantes do Colegiado Pleno cujos mandatos já terminaram, mas que continuam ocupando vagas na condição de pró-tempore. “São vários nessa condição e isso não cabe para a representação da categoria docente”, ressaltou José Irelânio.
CPPD
Em relação a Comissão Permanente de Pessoal Docente – CPPD , a ADUFCG também cobrou mudanças, pois o órgão não funciona sem respeitar as normas previstas para sua composição e seu bom desempenho é uma pauta fundamental para os professores.
Orçamento
Sobre o orçamento da UFCG, o presidente da ADUFCG sugeriu que ele seja discutido em todas as instâncias deliberativas da universidade para que se definam normas claras e as prioridades da instituição na distribuição dos recursos, fazendo que ele deixe de ser “uma caixa preta”.