As Centrais Sindicais se reuniram na tarde dessa quinta-feira (17) para avaliar as mobilizações recentes e discutir os próximos passos de luta contra a Reforma da Previdência. Além disso, foram colocados em pauta outros ataques do governo, como o projeto de Bolsonaro de enfraquecer os sindicatos sob a falsa justificativa de dar autonomia à prática sindical, mas que na prática significa o desmonte das entidades sindicais.
Ainda que sejam muitas as ofensivas do governo contra os trabalhadores, a CSP-Conlutas defendeu que as Centrais mantenham a denúncia permanente sobre o fim das aposentadorias e do sistema previdenciário. Representando a Central, o dirigente Luiz Carlos Prates, o Mancha, ressaltou que “não devemos seguir a agenda de Rodrigo Maia e muito menos a de Bolsonaro, e que sigamos lutando tendo como centralidade a luta contra a Reforma”.
Contribuindo para o debate sobre os ataques às centrais, o dirigente Paulo Barela destacou que a CSP-Conlutas considera que “a discussão sobre o modelo de atuação e funcionamento das entidades sindicais deve ser tratado entre os trabalhadores, priorizando sempre a independência dessas organizações diante dos governos”.
Ação urgente – A respeito da prioridade necessária contra a Reforma da Previdência, a CSP-Conlutas denunciou o papel da oposição parlamentar, dita de “esquerda” na colaboração para a aprovação dessa famigerada reforma, citando partidos como o PT, PCdoB e PDT, entregues, meramente por objetivos institucionais, ao “acordão” do Congresso Nacional.
Em resolução aprovada pela Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, alertamos também para o fato de que “parte da cúpula das Centrais, como Paulinho da Força Sindical ou Wagner Freitas, presidente da CUT, respectivamente, comemoram o ‘resultado’ do 1º turno da votação na Câmara dos Deputados ou limitam-se a dizer que ‘a luta agora deve ser Senado’, revelando seus propósitos de seguir impondo a paralisia do movimento da classe trabalhadora contra essa ‘reforma’ e o fazem juntamente com dirigentes de outras Centrais”.
Nada a negociar – A CSP-Conlutas segue afirmando que não há espaço algum para negociar qualquer retirada de direitos da classe trabalhadora. Para a Central, além das ações que devem ser realizadas em peso, por todo o país, no dia 6 de agosto, dia que marca o retorno do recesso parlamentar e possível data para aprovação da reforma em 2º turno, seria necessário uma Greve Geral como meio de impedir que o projeto siga para sua concretização.
Paulo Barela apontou o dia 13 de agosto, já aprovado como Dia Nacional de Paralisação da Educação Básica no país, como momento ideal para a realização da Greve Geral. “Apresentamos nosso balanço crítico, inclusive citando a fraca atuação em Brasília no dia da votação em 1º turno, e apontamos a necessidade de uma greve geral, porque entendemos que a única forma de derrotar a reforma é nas ruas, com mobilização, paralisação e greve geral”.
Fonte: CSP- Conlutas – 18/07/2019