As entidades representativas dos estudantes, professores e técnico-administrativos da UFCG cobraram hoje a tarde a renúncia do reitor interventor, nomeado pelo presidente Bolsonaro, Antônio Fernandes, num ato público em frente a Reitoria da instituição. O ato simbólico ocorreu durante uma reunião entre equipes de transição e contou com poucos participantes para evitar aglomerações.
Os participantes do ato público se concentraram em frente a Reitoria e realizaram vários pronunciamentos denunciando a nomeação como um ataque à autonomia da universidade e um retorno às práticas políticas arbitrárias do período da ditadura militar. Eles cobraram a imediata renúncia do reitor interventor e ressaltaram que ele envergonha a categoria dos professores ao concordar ser empossado mesmo sendo o terceiro colocado na consulta eleitoral e na composição da lista tríplice.
A ADUFCG e o DCE-UFCG também denunciaram as regras antidemocráticas das eleições da UFCG, resultantes da Lei federal Nº 9.192/95, a Lei Paulo Renato, e o aprofundamento dos seus prejuízos durante a última consulta da UFCG, quando os estudantes tiveram um peso eleitoral de apenas 15%.
Os estudantes e professores cobraram que o reitor nomeado saísse da Reitoria para dialogar com as entidades. Como Antônio Fernandes não atendeu ao chamado o grupo foi até o Gabinete do reitor cobrar diretamente. O reitor interventor se recusou a conversar e foi seguido pelo grupo pelos corredores da Reitoria até a sede da Procuradoria da AGU na instituição.
No final do ato participantes prometeram que se Antônio Fernandes não renunciar, continuará enfrentando a resistência organizada da comunidade acadêmica da UFCG.
Fonte: ADUFCG – 03/03/2021
