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A resistência dos movimentos sociais, a cultura política e as exclusões e inclusões foi o tema central do II Sarau Cultura da ADUFCG, na noite do dia 29/07. O evento apresentou como palestrantes os(as) professore(a)s Ariosvalber Oliveira, Ivone Agra Brandão e Fernanda Leal e também incluiu as apresentações dos livros “Loas que Carpem” e “Ninguém Disse que Seria Fácil”. O Bar Estação Docente foi realizado no final da programação, com a apresentação de Amauri e Banda.
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A roda de conversa foi coordenada pela diretora cultural da ADUFCG, Marinalva Villar, que abriu a atividade e falou sobre a iniciativa. O primeiro participante a falar foi o professor e historiador Ariosvalber Oliveira, que apresentou um resgate da criação, desenvolvimento e atuação do movimento negro de Campina Grande nas últimas décadas, enfatizando a necessidade de atuação e disputa de espaços na sociedade contra o ideário neoliberal. Ele relembrou o pedagogo e pensador Paulo Freire para ressaltar que a sociedade sempre pode ser transformada.
A professora Ivone Agra Brandão foi a segunda se apresentar. Ela falou de sua trajetória profissional e de lutas em diversos movimentos nas áreas da saúde e da educação em Campina Grande e outros municípios. Apontou que os espaços para a formação de consciência crítica dentro das estruturas da educação ainda são limitados e que para as comunidades pobres os espaços de lazer e cultura são fundamentais para esta finalidade.
Ivone mostrou a importância da atuação crítica dentro dos movimentos de juventude da igreja católica e em outros espaços comunitários, e defendeu de forma veemente a reinserção da esquerda nas comunidades.
A última palestrante foi a professora da Unidade de Educação da UFCG Fernanda Leal. Ela apresentou as experiências na academia de convivência e trabalho com diversos movimentos sociais e de seu envolvimento, em especial, com as iniciativas que buscam a garantia do acesso a uma educação infantil de qualidade.
Fernanda lembrou que a universidade é uma instituição de importância estratégica para a sociedade, e por isso é tão atacada no atual governo, devendo ser um espaço de resistências, lutas e inclusão de singularidades.
A professora lembrou que a disposição das cadeiras e da mesa debatedora levou ao evento o clima de “conversas no quintal”, tornando o momento aconchegante, agregador e emocionando a plateia.
Bibliografando
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Em seguida, o professor da Unidade Acadêmica de história, José Otávio Aguiar, apresentou o livro “Loas que Carpem” da professora Marinalva Villar e o professor Valério Arcary falou sobre seu livro “Ninguém Disse que Seria Fácil”.
Estação Docente
Depois da roda de conversa foi iniciada a programação do Bar Estação Docente. Uma apresentação de Amauri e Banda ofereceu boa música popular e prolongou a confraternização até por volta das 24h.
Fonte: ADUFCG – 03/08/2022