As delegadas e delegados presentes no segundo dia do IV Congresso da CSP-Conlutas iniciaram os trabalhos aprovando as resoluções políticas que direcionam o posicionamento da central sobre as conjunturas nacional e internacional.
Dezenas de propostas de resoluções foram apresentadas e discutidas em dez grupos de trabalho espalhadas pelo local do evento. As resoluções aprovadas por mais de 10% dos votos nos grupos foram levadas ao plenário, para então votação dos presentes no Congresso. Ao todo, foram cerca de 30 defesas, garantindo a diversidade, a democracia e a liberdade de escolha, princípios norteadores da CSP-Conlutas.
Conjuntura Nacional
No debate sobre a Conjuntura Nacional foram aprovadas as resoluções 13 e 15: “Derrotar nas ruas o ajuste e autoritarismos do governo Bolsonaro” e “Unidade na Luta com independência de classe para derrotas o projeto de Bolsonaro”, respectivamente, além dos resolves propostos pelas resoluções 16,22,23 e 25. O plenário aprovou ainda o adendo número 1, que trata da Operação Lava Jato.
Os dirigentes focaram na situação política nacional em torno do caráter de ultradireita, ultraliberal e ditatorial do governo de Bolsonaro. Segundo Fernando Lacerda, 2° vice-presidente da regional Planalto do ANDES-SN, este é um governo submisso aos interesses do capital internacional. “Quem está no poder quer transformar o Brasil em uma nova colônia entreguista das riquezas nacionais, além de impor um projeto conversador, reacionário e machista”, acrescentou.
Sobre a situação internacional, a plenária avaliou, consensualmente, sobre a gravidade da crise capitalista que se expande desde 2007 e 2008. As delegadas e delegados afirmaram que existe a perspectiva de uma nova crise mundial e o que o jogo do mundo capitalista é criar crises em cima dos trabalhadores e trabalhadoras, com planos de ajustes, desemprego, retirada de direitos, privatizações e os mais diversos ataques.
Outro ponto de destaque foi o debate sobre a crise ambiental provocada pelas potências mundiais motivadas pelas grandes guerras, pela exploração exacerbada dos recursos naturais e a ganância do capitalismo. Ainda sobre o tema, os dirigentes destacaram questões relacionadas à Venezuela; sobre a perseguição às lideranças políticas; além da polarização da política em vários países.
O plenário deliberou que é preciso garantir e ampliar a unidade para o enfrentamento do imperialismo, dos governos capitalistas, a criminalização dos movimentos sociais, além da destruição do meio ambiente e todos os ataques à classe trabalhadora. As resoluções aprovadas ao final das defesas, foram 1, 4, 10 e 11, os resolves das resoluções 6 e 7, além dos adendos 4 e 8.
Durante a defesa da resolução 3, sobre conjuntura internacional, Antonio Gonçalves, presidente do ANDES-SN, afirmou que “o capitalismo vive uma das suas maiores crises desde 1929 e não encontrou uma solução definitiva para a mesma. Indicamos a construção de uma rede internacional de solidariedade da classe trabalhadora frente à intensificação do autoritarismo, dos ataques aos nossos direitos e ao meio ambiente”, pontuou o presidente do Sindicato Nacional.
Antonio Gonçalves, presidente do ANDES-SN
Com informações CSP-Conlutas
Fonte: ANDES – SN –
Atualizado em 05 de Outubro de 2019 às 15h46