Os critérios que nortearam a consulta para a escolha dos novos reitor e vice-reitor da UFCG em novembro de 2020 foram marcadamente antidemocráticos, com pesos diferenciados entre os segmentos da comunidade universitária e com realização da contagem e validação dos votos da consulta com base no universo de votantes e não no universo de votos válidos.
Não bastasse os prejuízos que isso provocou à democracia interna, a Reitoria da UFCG adotou uma estratégia para a elaboração da lista tríplice que poderá resultar em mais danos ao processo político que a universidade atravessa, marcado pelo afastamento e dispersão da comunidade acadêmica.
Na convocação para a 91ª reunião Extraordinária do Colegiado Pleno do Conselho Universitário, que ocorrerá hoje à tarde, está definido que seguindo orientações da Nota Técnica N°. 10/2021/CGGE/DIFES/SESU/SESU, haverá abertura de inscrições e realização de votação uninominal, em escrutínio único, para a escolha de reitor e de vice-reitor.
A iniciativa, que pode ser defendida como uma necessidade para conferir legalidade ao processo, abre um grande espaço para ações políticas oportunistas e colocam a consulta realizada entre comunidade acadêmica sob ameaça de ser ignorada, com a inclusão da lista tríplice de candidatos que não participaram do processo.
A ADUFCG ressalta que a consulta é um instrumento de escolha definido em lei federal, acima de qualquer norma técnica, e que a autonomia universitária deve ser utilizada para fazer prevalecer a escolha eleitoral da comunidade acadêmica.
Campina Grande, 08/02/2021
A diretoria
