“O reitor e o vice-reitor sejam escolhidos por meio de eleições diretas e voto secreto, com a participação, universal ou paritária, de todos os docentes, estudantes e técnico- -administrativos, encerrando-se o processo eletivo no âmbito da instituição;”
O trecho acima destacado consta no Caderno 02 do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior – ANDES-SN como a proposta básica para a escolha dos dirigentes das instituições de ensino superior. O Caderno é um documento com orientações e princípios políticos da entidade para a categoria, que vêm sendo discutidos e atualizados há décadas.
Sendo a ADUFCG uma seção sindical do ANDES-SN, com atuação marcante em defesa da democracia universitária e diante da divulgação nas redes sociais de um vídeo dos candidatos da chapa “UFCG: Plural e Democrática”, pedindo ao presidente da república sua nomeação, mesmo ficando em segunda colocação na consulta eleitoral, e prometendo em troca seu alinhamento político e ideológico, a entidade não pode abster-se de posicionar publicamente.
A iniciativa dos integrantes da chapa “UFCG: Plural e Democrática” é mais um golpe contra a democracia no processo eleitoral, que foi marcado por critérios antidemocráticos que incluiu pesos diferenciados para os segmentos e a contagem e validação dos votos com base no universo de votantes e não no universo de votos válidos.
O posicionamento da chapa “UFCG: Plural e Democrática” é também um ataque frontal ao direito e princípio da autonomia universitária, fundamental para a existência de qualquer universidade e para a produção da ciência e do conhecimento socialmente referenciado.
Infelizmente, lembramos que tal ato não foi o único atentado contra a democracia universitária na história das eleições para reitor da instituição e isso impõe à comunidade universitária a necessidade de urgente debate sobre os rumos da UFCG e seu papel na sociedade.
A ADUFCG repudia a tentativa de golpe da chapa “UFCG: Plural e Democrática” e reafirma sua disposição de luta em favor da democracia universitária e em defesa da autonomia das universidades públicas.
Campina Grande, 12 de fevereiro de 2021