A diretoria da Associação dos Docentes da UFCG (Campus Campina Grande, Sumé, Cuité, Pombal e Sousa) vem à público esclarecer e denunciar o seguinte:
1-Desde fevereiro último vem circulando, por meios físicos e virtuais, um documento intitulado ”Síntese de uma breve sequência de fatos e ações políticas que mantêm esses grupos da militância sindicalista no poder”.
2-Esse documento, datado de dezembro de 2020 e constituído de 14 páginas de texto e 53 de anexos, traz em sua capa de rosto a logomarca da UFCG e os nomes dos professores Antônio Fernandes Filho e Mário Eduardo Rangel Moreira Cavalcanti Mata, então candidatos a Reitor e Vice-Reitor da UFCG e empossados nos cargos de Reitor e Vice-Reitor em fevereiro de 2021, mesmo que tenham ficado em último lugar na Consulta Eleitoral junto à comunidade universitária e na Lista Tríplice do Colegiado Pleno da instituição, no contexto mais geral do governo negacionista/genocida de Jair Messias Bolsonaro.
3-No referido documento, as duas outras chapas concorrentes são atacadas e desqualificadas.
4-Contudo, os maiores ataques foram reservados e direcionados às entidades representativas dos três segmentos (estudantes, docentes e técnico-administrativos), acusadas de participar de um suposto complô político, em curso desde a década de 1990, para manter o poder dos sindicatos, entidades estudantis e partidos de esquerda na antiga UFPB, hoje UFCG.
5-A ADUFCG/ANDES-SN, em particular, é o alvo preferencial dos ataques. Além de violentada em sua reputação política e história de lutas, pelo menos quatro de seus ex-presidentes são citados nominalmente, a saber: Edilson Amorim, Amauri Fragoso, Irelânio Ataíde e Josevaldo Cunha.
6-Fazendo uso de linguagem sofrível (cuja primeira vítima é a língua portuguesa), o documento lança mão de argumentos típicos de teorias da conspiração para atingir fins inconfessáveis, cujo modus operandi lembra em muito técnicas de arapongagem e caça às bruxas. A quem interessava e interessa tudo isso? Eis uma pergunta que precisa ser feita e respondida.
7-É certo que a ADUFCG sempre participou, de forma autônoma e independente, de processos eleitorais para dirigentes da UFCG, a partir de princípios como o estímulo a ampla participação da comunidade acadêmica, voto paritário e/ou universal, igualdade de condições para todos os postulantes, inicio e fim do pleito no âmbito da própria instituição, dentre outros. Nunca, porém, como irresponsavelmente afirma o infame documento, apoiando ou sendo instrumento de manobras de chapa X ou Y.
Diante do exposto, a ADUFCG vem à público exigir rigorosa apuração dos fatos, seja pelos órgãos internos (Colegiado Pleno, Ouvidoria Geral, Comissão de Ética etc), seja externos (Entidades independentes da sociedade civil e Ministério Público), ao tempo em que convoca a comunidade universitária e setores da sociedade paraibano no sentido de cerrar fileiras em torno de uma UFCG democrática, transparente, laica, pública, gratuita e de qualidade socialmente referenciada.
Campina Grande, 02 de agosto de 2024
Leia Mais: arquivo, na íntegra, da ”Síntese de uma breve sequência de fatos e ações políticas que mantêm esses grupos da militância sindicalista no poder”
Fonte: 02/08/2024