As professoras e os professores da UFCG iniciarão uma greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira (10/06). A decisão foi deliberada hoje (06/06), numa assembleia geral da ADUFCG, em adesão à greve nacional da educação federal, que já atinge 63 universidades. Os campus de Patos e Cajazeiras possuem seções sindicais próprias do sindicato nacional dos professores e já estão paralisados.
A decisão sobre a deflagração da greve aconteceu após a diretoria da ADUFCG apresentar informes da greve nacional da educação, das tentativas de negociação da contraproposta dos docentes com o Governo Federal e das próximas atividades do Comando Nacional de Greve-CNG.
A avaliação da paralisação nacional ocorreu no ponto de pauta sobre a conjuntura e incluiu a participação de muitas/os professoras/es favoráveis e contrários a deflagração da greve, durante mais de uma hora de debates.
Na assembleia passada, no dia 23/05, a categoria aprovou um indicativo de greve, que ganhou apoio entres as/os docentes depois que o governo federal, no dia 27/05, se recusou a continuar conversando com os comandos de greve dos sindicatos dos professoras/es e técnicas/os das universidades, IFs e Cefets.
Votação
Na votação sobre a deflagração de greve, 81 professoras/es dos campi de Campina Grande, Cuité, Sumé e Sousa votaram favoráveis a deflagração e 77 foram contrários. Amanhã de manhã (07/06) será formado um Comando Local de Greve que encaminhará as atividades do movimento na UFCG.
A avaliação das/os professoras/es é que o crescimento da greve em todo o país force o governo federal a retomar as negociações que possibilitem o atendimento da contraproposta de reivindicações apresentada pelos docentes e técnicos das universidades, IFs e Cefets.
Contraproposta
Na contraproposta apresentada ao Governo as/os professoras/es reivindicam uma reposição salarial de 3,69% em 2024, equivalente ao IPCA calculado pelo Dieese apontado até o mês de abril, além de 9% para janeiro de 2025 e 5,16% para maio de 2026, como também a aplicação linear dos steps para a progressão na carreira docente.
A pauta também inclui paridade entre professoras/es ativas/os e aposentadas/os, reposicionamento das/os aposentadas/os na posição relativa ao teto da carreira em que se encontravam no momento da aposentadoria, além da recomposição do orçamento das instituições federais de ensino superior de, no mínimo, R$ 2,5 bilhões, em 2024, e recomposição para os valores do ano de 2016 com aplicação da correção monetária.
O movimento docente também reivindica a implantação de uma mesa permanente de negociação para assuntos de carreira e a revogação de inúmeros decretos, instruções normativas e portarias que são prejudiciais aos servidores públicos e que foram implantados durante o Governo Bolsonaro.
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Fonte: ADUFCG – 06/06/2024