Professoras/es da UFCG rejeitam nova proposta salarial do governo e decidem avaliar indicativo de greve

25 de abril de 2024


A nova proposta salarial do governo federal foi rejeitada por ampla maioria das/os professoras/es da UFCG. A deliberação foi tomada numa assembleia geral da ADUFCG, realizada hoje (25/04), que também decidiu pautar um indicativo de greve na próxima assembleia da categoria. As/os docentes também rejeitaram a participação do ANDES-SN, num acordo que aceita um reajuste de benefícios, como auxílio alimentação e os auxílios creche e de saúde. A assembleia aconteceu em Campina Grande, no Centro de Eventos Rosa Tânia, e de forma descentralizada, nos campi de Cuité, Sumé e Sousa.

A proposta salarial apresentada pelo governo foi avaliada em paralelo com a conjuntura nacional e local e várias/os professoras/es apontaram os inúmeros prejuízos para a categoria e ressaltaram que a iniciativa foi um resultado direto da greve dos docentes em dezenas de universidades e institutos federais. A proposta¨prevê 0% em 2024, 9% em 2025 e 3,5% para 2023

O professor Amauri Fragoso apresentou um estudo detalhado da proposta do governo e ressaltou que além de ficar muito longe de recuperar as perdas salariais acumuladas pela categoria, mantém as distorções salariais existentes na carreira. (Leia avaliação) ” A mudança no percentual dos steps nos níveis provocará um efeito cascata que em maio de 2026 provocará uma distorção ainda maior nos salários, pois os titulares e associados terão reajustes maiores como aconteceu no passado, para o docente DE/Doutor, os percentuais variarão entre 12,82% e 16,11%, ou seja, 70% da carreira MS e EBTT receberão reajuste menor”, explicou.
Em seguida, as docentes votaram a proposta e a rejeitaram por ampla maioria em todos os campi onde a assembleia ocorreu. Elas/es também rejeitaram a participação do ANDES-SN um acordo que será assinado hoje pelo Governo e outras entidades , para possibilitar um reajuste nos auxílios alimentação, creche e de saúde.

GREVE
Na avaliação sobre a greve do ANDES, surgiram várias propostas sobre o posicionamento da ADUFCG. Entre elas, a deflagração imediata da greve, indicativo de greve sem data, indicativo de greve para o dia 17/05 e a avaliação de um indicativo de greve na próxima assembleia do sindicato, ainda sem data.
Após um debate político sobre qual o posicionamento mais adequado, levando se em consideração fatores nacionais e locais, a assembleia deliberou por avaliar um indicativo de greve na próxima assembleia da categoria.

ENCAMINHAMENTOS
A assembleia também decidiu enviar o professor Luciano Queiroz como observador no Comando Nacional de Greve e aprovou moções de solidariedade ao povo palestino, e em solidariedade a luta das universidades públicas da Argentina contra o governo Milei para garantir orçamento para seu funcionamento e aos estudantes franceses e americanos, que protestam contra o genocídio na Faixa de Gaza e sofrem intensa repressão política e policial

Fonte: ADUFCG – 25/04/2024

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