Lutar contra a intervenção do Governo Bolsonaro na UFCG e em defesa da autonomia universitária. Essas foram duas das principais deliberações da assembleia geral da Associação dos Docentes da instituição – ADUFCG, realizada hoje. Os professores também decidiram buscar um posicionamento do colegiado pleno da universidade sobre a intervenção.
A assembleia também decidiu promover atividades em conjunto com as entidades que representam os estudantes e os técnico-administrativos, além das seções sindicais do ANDES-SN dos campi de Patos e Cajazeiras. A primeira será um ato público simbólico na transmissão de cargo para o reitor nomeado interventor.
A deliberação de buscar um posicionamento do colegiado pleno da UFCG foi aprovada pelos professores porque a escolha dos vencedores da consulta eleitoral foi ratificada pelo órgão deliberativo e a nomeação dos terceiros pelo presidente da república Jair Bolsonaro também desrespeita sua decisão.
Na defesa da autonomia universitária, os professores também aprovaram a rejeição a lei Nº 9.912/1995 que regulamenta o processo de escolha dos reitores, a chamada Lei Paulo Renato, e o instrumento da lista tríplice que reúne os três candidatos mais votados nas consultas eleitorais. Os professores defendem que os processos de escolha dos reitores sejam realizados e concluídos dentro das universidades, sem interferências externas, por isso ratificaram a bandeira de luta “reitor eleito, reitor empossado!”.
Assembleia
Amanhã (26/02), a partir das 15h, a ADUFCG promoverá em conjunto com as entidades dos estudantes e dos técnico-administrativos uma assembleia universitária, com o objetivo de discutir a intervenção do Governo Bolsonaro na UFCG.
Fonte: ADUFCG – 25/02/2021