66º Conad: Debates de conjuntura expressaram diversidade de posições da categoria

15 de julho de 2023

A primeira plenária temática do 66º Conad aconteceu na tarde desta sexta-feira (14) e abordou a atualização do debate sobre conjuntura e movimento docente. Os debates tiveram como base os textos de apoio encaminhados pela diretoria nacional e por docentes da base.
As autoras e os autores fizeram a apresentação de textos publicados no Caderno de Textos do 66º Conad. Gustavo Seferian, presidente do ANDES-SN, tratou do texto “Atualização do Debate sobre Conjuntura e Movimento Docente” apresentado pela diretoria nacional; Eleonora Ziller (Adufrj SSind.) e Erika Suruagy (Aduferpe SSind.) abordaram o texto “O Lugar do Andes na Batalha da Educação: Corrigir os Erros do Passado e Resgatar o Lugar do Sindicato”; André Guimarães (Sindufap SSind.) e Priscila Chaves (Adufes SSind.) se dividiram para falar sobre o texto “Desafios do ANDES-SN Diante do Aprofundamento da Crise do Capital”.


Evaristo Duarte (Sindiprol/Aduel SSind.) explanou sobre o texto “Romper com o governismo e erguer uma oposição revolucionária ao governo burguês de Lula/Alckmin! Responder aos ataques do governo e congresso nacional com os métodos da luta de classes!”; Leonardo Andrada (ApesJF SSind.) e Kathiuça Bertollo (Adufop SSind.) sobre o texto “Arcabouço fiscal não! Responsabilidade social sim! Reorganizar as lutas da classe para derrotar o neofascismo e as políticas neoliberais! Solidariedade com a camarada Sofia Manzano, fascistas não passarão!”; e Julio Quevedo dos Santos (Sedufsm SSind.) apresentou o texto “Reafirmação de princípios históricos do ANDES-SN contra as políticas de apassivamento: O desafio central da conjuntura para o movimento docente”.Não houve docentes inscritos para os textos “Educação Contra o Fascismo e o Neoliberalismo: Por um ANDES-SN Forte e Democrático Capaz de Incidir na Conjuntura” e “Reconstruir o ANDES com Ampla Participação da Base”.
As diversas falas trataram da conjuntura nacional e internacional do primeiro semestre de 2023, a derrota da extrema-direita nas urnas e a necessidade de vencê-la nas ruas, as crises social, econômica, ambiental e climática do sistema Capitalista ultraliberal e como elas se impõem de forma mais severa às parcelas mais oprimidas da classe trabalhadora.

Também foi apontada a necessidade de seguir no debate de reorganização da classe trabalhadora e o papel do Sindicato Nacional no enfrentamento, neste primeiro semestre, de pautas que atacam os direitos sociais, como o Arcabouço Fiscal, o Marco Temporal e a revogação do Novo Ensino Médio. Grande ênfase foi dada para a importância das lutas pela recomposição do orçamento das instituições, assim como a Campanha Salarial 2024.Após as defesas das análises de conjuntura, foram abertas inscrições para as falas das e dos participantes. Durante as três horas de plenária, 30 docentes puderam expor suas reflexões, respeitando a paridade de gênero. As e os docentes trataram dos temas da conjuntura e também de aspectos do cotidiano da categoria e as dificuldades encontradas nos espaços de trabalho.
“Esse Conad está bem representativo das várias forças políticas que constituem o Sindicato Nacional. Nessa plenária do Tema 1, as divergências puderam ser debatidas, as diferentes análises puderam ser desenvolvidas, mostrando alguns elementos de centralidade, principalmente no que se refere à necessidade da revogação do Arcabouço Fiscal e também do Novo Ensino Médio”, avaliou Michele Schultz, 1ª vice-presidente Regional São Paulo do ANDES-SN, que coordenou a mesa da Plenária.
A diretora do ANDES-SN destacou ainda que algumas falas trouxeram denúncias em relação às condições de trabalho, que apontaram a necessidade de ampliar a luta por mais recursos para as instituições de ensino públicas. “Sobre o processo eleitoral que aconteceu [em maio deste ano], ocorreram alguns debates e esse foi um espaço também para que alguns esclarecimentos fossem feitos e algumas dúvidas fossem sanadas, e, de conjunto, expressou de fato a legitimidade dessa diretoria que assumiu hoje na plenária anterior”, acrescentou.

Para Michele, além das diferenças de posições políticas na análise de conjuntura, o debate também comprovou a necessidade do Sindicato Nacional reforçar a luta pela diversidade, a luta antimachista, antirracista, antiLGBTQIA+fóbica, antixenofóbica, antietarista, anticapacitista. “Isso é um elemento bastante importante, pois está no conjunto do nosso programa e também esteve muito presente na plenária, inclusive com denúncias da violência à população pobre, à população preta e periférica. E isso também é um desafio para o próximo período”, concluiu.
Compuseram a mesa da Plenária, junto com Michele, a 2ª vice-presidenta da Regional Rio de Janeiro, Renata Marins Alvim Gama, a 1ª vice-presidenta da Regional Nordeste 2, Flavia Spinelli Braga, e o 1º vice-presidente da Regional Pantanal, Breno Ricardo Guimarães Santos.
Números do 66º Conad
Até o início da tarde, 335 docentes estavam credenciados no 66º Conad, sendo 64 delegadas e delegados e 226 observadoras e observadores, de 69 seções sindicais, além de 33 diretores e diretoras nacionais e 12 convidadas e convidados.
Cronograma
Evento deliberativo da categoria, o 66º Conad acontece de sexta a domingo (16), na Universidade Federal de Campina Grande (UFGC). Após a plenária do Tema 1, as e os docentes se dividiram em grupos de trabalho, que se reuniram na noite desta sexta e na manhã e tarde de sábado (15).
A Plenária do Tema 2, que irá deliberar sobre os temas remetidos pelo 41º Congresso e também atualizar os planos de luta do Sindicato Nacional, terá início na noite de sábado.
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